sábado, 17 de dezembro de 2011

O osso

Veste a gravata calma
Que é obra do acaso
E do oblívio

É bandeira de pudor
Osso do ofício de poeta
Entrevado e cinza

Vá para a Europa
Terra da história e do futuro
Suas mil engenharias
E o arvoredo

Faz luz de madrugada
No cego é força o pêlo
E a névoa da boca é troca

Boca de carne
Seu sangue é pedra e dívida
No osso do ofício de poeta
Há um sofrer maior que um querer
Maior que tudo.


*Poesia registrada na Biblioteca Nacional

3 comentários:

  1. Bela iniciativa, Felipe. E os poemas são bons. Continue escrevendo.

    Abrááááço!

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  2. Valeu, Felipão. Continue aparecendo garoto. Aproveito para desejar bom natal e bom ano novo para você e família. Abráááááçooo!

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  3. Estranhamente bonito esse O osso. Eu tava com saudade de coisas novas suas...

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